LUPA - Architecture Studio, Lisbon, Portugal | Conjunto Habitacional dos Três Vales - Concurso Público de Arquitectura
LUPA studio proposta vencedora para o Conjunto Habitacional dos Três Vales, Almada
architecture,competition,Lisboa,lupa,studio,IHRU,OASRS,concurso,público,primeiro,classificado,housing,habitação,almada,tres,vales,arquitectura,arquitetura,contemporanea,contemporary,winning,proposal
22629
portfolio_page-template-default,single,single-portfolio_page,postid-22629,ajax_fade,page_not_loaded,,select-theme-ver-4.6, vertical_menu_transparency vertical_menu_transparency_on,popup-menu-text-from-top,wpb-js-composer js-comp-ver-5.5.5,vc_responsive

CC.TRV.08

Conjunto Habitacional dos Três Vales – Concurso Público Anónimo – 1º Classificado

 

Junto à Rua dos Três Vales, moram Três irmãos: um mais “crescido” e dois gémeos “menores”. O desenho do lote implica assumir uma implantação do edifício em forma de “L”, mas com a capacidade de criar ambientes e espaços intersticiais que podem relacionar o jardim, com a envolvente, dividindo todo o conjunto em 3 Blocos habitacionais.

 

No sentido de adequar as tipologias propostas, apresenta-se um sistema de variabilidade de tipologias que se caracteriza pela optimização aos elementos: exposição solar, ventilação cruzada e isolamento periférico. Sempre que a ventilação transversal não é possível existe a ventilação com pelo menos duas frentes a 90 graus em cada fogo, no caso de alguns T1 e T2, que se situam em topos.

As varandas no conjunto promovem a vivência no exterior, adequada a um modo de habitar contemporâneo onde passaram a adquirir maior importância no contexto em que vivemos hoje, após termos passado por confinamentos domésticos, com todas as dificuldades daí decorrentes. (…) decorrem do prolongamento das lajes a sul – onde adquirem a dupla função de platibandas para aquecimento / arrefecimento solar passivo.

O sistema de desfasamento (de 3m) entre as cotas de soleira dos três volumes acima do solo propostos, permite – além de albergar espaços comerciais com pé-direito duplo – soltar o edifício em zonas de arcadas, semi-cobertas, procurando conferir leveza adicional ao conjunto e marcar com uma forte identidade urbana os acessos públicos ao parque urbano.

Por sua vez, entre cada duas entradas de edifícios, colocam-se os estacionamentos de bicicletas cobertos com a dupla função de protecção em zonas de espaço público vividas / vigiadas ao mesmo tempo que delimitam zonas exteriores dedicadas aos apartamentos existentes ao nível dos vários pisos térreos, na forma de terraços fruíveis privados.

 

 

 

 

 

 

 

 

Todos os elementos existentes relevantes, com ou sem proteção na categoria de Interesse Municipal, serão mantidos e integrados no Jardim, pois considerou-se que era importante preservá-los e recuperá-los para contar a história do local – a Quinta da Santa Rita, que incluía casa de quinta rural do século XVIII.

 

 

 

 

 

 

 

Procurou-se também que a linguagem do Jardim se harmonizasse com a dos edifícios propostos, numa visão de identidade global proposta para o lugar, quer pelo traço, quer pelos materiais.

 

 

 

 

 

 

 

 

A seleção da vegetação será feita de acordo com as condições edáfo-climáticas do local, usando critérios como resistência à secura, reduzida manutenção, porte adequado e utilizando espécies que contribuam para a identidade do lugar.

 

 

 

 

Adicionalmente, serão agrupadas as espécies de acordo com as características, tendo em vista uma fácil compreensão e otimização das operações de manutenção.

 

 

 

 

 

Apresenta-se um conjunto de 7 tipologias base, com duas variantes de T3, três de T2 e duas de T1. Tal como é solicitado pelo programa de intervenção, são propostos 42 T1, 56 T2 e 44 T3.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tendo em conta os critérios de uso racional da água para rega, não serão instalados relvados tradicionais, mas antes misturas herbáceas tapizantes de menos exigência hídrica e alguma tolerância ao pisoteio (relvado alternativo) ou de prado. Serão criadas depressões onde a topografia possa permitir favorecer a retenção e posterior infiltração de água com as técnicas de Raingarden;

A noção convencional de frente e traseiras é metamorfoseada pela natureza de edificado proposto, onde os volumes propostos adquirem um carácter cenográfico de pano de fundo do parque urbano, amparado pela vida nas varandas e nos acessos públicos propostos.

Consegue-se desse modo assegurar uma integração no local capaz de dialogar com as condicionantes existentes, potenciando cidadania e convívio, encontro e permanência, adicionando valor a uma cidade que queremos, cada vez mais, inclusiva, vivida e feita pelas pessoas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Programa: Conjunto Habitacional dos Três Vales

Localização: Almada – parte do Plano Integrado de Almada

Ano/Fase: 2022, Concurso Público Anónimo – 1º Classificado

Área: 21´083 m² A.B.C. – 142 Apartamentos

Dono de Obra: Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, IHRU, I. P.

Arquitectura: LUPAstudio

Date

02/05/2022

Category

Concursos, Habitação