LUPA - Architecture Studio, Lisbon, Portugal | Conjunto Habitacional da Quinta da Baldaya - Concurso Público de Arquitectura
LUPA studio proposta para o Conjunto Habitacional da Quinta da Baldaya
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CC.QDB.12

Conjunto Habitacional – Quinta da Baldaya

Dado o carácter heterogéneo na expressão arquitectónica do bairro de Benfica – onde diferentes escalas, épocas, sistemas construtivos e morfologias urbanas antagónicas coexistem, lado a lado – procurou-se atingir uma intervenção marcada por silêncio e repetitividade, cuja expressão permitisse afirmar uma clara identidade arquitectónica capaz de uma presença simples, serena e humilde.
A nível de enquadramento urbano, apresenta-se uma visão de dois quarteirões:
– a Sul, um superbloco pedonal contém uma praça / jardim polivalente, aberto – de grande confluência de
pessoas;
– a Norte, a consolidação da Quinta Baldaya com pequena Habitação e o edifício das Cavalariças reabilitado.
Um enorme círculo de prado com o mesmo diâmetro do Mercado de Benfica (59m) – um dos edifícios de referência no Bairro – define o centro da proposta ao nível do espaço público, aberto para a cidade.
As morfologias propostas nascem da articulação com as volumetrias adjacentes. Um diálogo claro com a morfologia urbana envolvente através de torres e bandas.

 

 

 

 

 

 

O conjunto proposto consiste, a sul, num “super-quarteirão” pedonal e ciclável, apenas acessível a cargas e descargas e viaturas de emergência, e a norte na consolidação do conjunto composto pela Quinta Baldaya,
a sua envolvente imediata e o edifício das Cavalariças, rematado apenas com dois edifícios (num volume) de dimensão reduzida. Todo o perímetro do conjunto irá absorver os lugares de estacionamento públicos previstos
(139) conforme RPDMLX.
Prevêem-se os respectivos acessos pedonais aos fogos a partir de Sul, com as duas torres acessíveis a nascente.
Os vários acessos à praça central são tratados como bolsas de maior intimidade, contrapontos da ampla escala da Praça proposta, complementados por áreas dedicadas a Serviços e Comércio.
Os acessos aos vários estacionamentos automóveis situados em subsolo – “separados” em três pelos limites e afastamentos ao Caneiro – enquadram-se nas fiadas de estacionamento automóvel longitudinalmente
a estas, sendo excepção a torre a poente, cujo acesso devido às condicionantes se arqueia numa rampa de dois sentidos junto à Estrada das Garridas. Todas as rampas se afastam sempre dos percursos pedonais
periféricos aos volumes propostos, permitindo a sua continuidade.
Ao nível do espaço público todos os percursos se efectuam por zonas de nível ou rampeadas sem exceder a pendente de 5%, com momentos pontuais em escadaria, complementares.

As “bandas” contêm em cada módulo respectivamente, por
piso, um T1, um T2 e um T3. As torres contêm por piso três
T2 e um T1. Todas as áreas sociais (cozinhas+sala) das barras
estão orientadas a Sul/sudeste, com os quartos a Norte/
noroeste. No caso das torres, as tipologias são dispostas em
torno do átrio central de piso, contendo cada tipologia sempre
duas fachadas a 90 graus, existindo – por sacrifício a uma procura
de pureza formal – por piso duas áreas sociais situadas a
norte / noroeste. A totalidade das cozinhas – de todo o conjunto
– consistem numa solução-tipo repetitiva, avançada sobre a
área em varanda (com estendal resguardado na fachada, por
trás de um ripado vertical) que oferece orientação poente e
nascente também, sobre as varandas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tendo em conta os critérios de uso racional da água para rega, não serão instalados relvados tradicionais, mas antes misturas herbáceas tapizantes de menos exigência hídrica e alguma tolerância ao pisoteio (relvado alternativo) ou de prado. Serão criadas depressões onde a topografia possa permitir favorecer a retenção e posterior infiltração de água com as técnicas de Raingarden;

 

Consegue-se desse modo assegurar uma integração no local capaz de dialogar com as condicionantes existentes, potenciando cidadania e convívio, encontro e permanência, adicionando valor a uma cidade que queremos, cada vez mais, inclusiva, vivida e feita pelas pessoas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Programa: Conjunto Habitacional da Quinta da Baldaya

Localização: Benfica, Lisboa

Ano/Fase: 2023, Concurso Público Anónimo

Área: 32´000 m² S.P. – 266 Apartamentos

Dono de Obra: Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, IHRU, I. P.

Arquitectura: LUPAstudio

Date

18/04/2023

Category

Comercial, Concursos, Habitação